terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Nutrição Enteral Domiciliar.

O PACIENTE ESTÁ DE ALTA HOSPITALAR, E AGORA?

Uma mistura de sentimentos e preocupações não é verdade?! 

Estou aqui para auxiliar e até a reduzir algumas das dúvidas e medos indesejáveis no momento da alta hospitalar.
Após verificar no meu dia a dia, as frequentes dúvidas sobre o que é a dieta enteral, quais os cuidados e prevenções que devemos ter em casa.
Vou aproveitar a tecnologia para instrui-los, vamos lá?

O QUE É A NUTRIÇÃO ENTERAL?
Conforme a Resolução RDC nº 63, elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 06/07/2000. A nutrição enteral (NE) é definida como: "Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na sua forma isolada ou combinada de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para o uso por sonda ou via oral, sendo elas industrializada ou não, utilizada de forma exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme as necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas."


A nutrição enteral é administrada ao paciente por meio de uma sonda fina, que é um tubo fino, macio e flexível, posicionada na via nasal/oral ou implantada no estômago, duodeno ou jejuno.


A IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO ENTERAL DOMICILIAR

A nutrição enteral, quando administrada corretamente, previne a desnutrição, e fornece nutrientes em quantidade e qualidade necessários ao organismo, além de evitar a reinternação hospitalar e as complicações inseparáveis a desnutrição.

VIAS DE ACESSO 
Consideramos as vias de acesso o local onde fica a sonda para administração da dieta enteral, existem quatro tipos de acesso: via nasogástrica, nasoentérica, gastrostomia, e jejunostomia.




TIPOS DE DIETA

Dieta artesanal: dieta prepara à base de alimentos na sua forma original (in natura) que deverá ser liquidificada, coada e deve ser administrada somente em pacientes que possuem gastrostomia. Caso seja administrada via sonda nasoenteral, necessitará de maior diluição para passar pelo tubo fino e, neste caso, haverá uma perda de nutrientes. 


Dieta industrializada: é uma dieta pronta, completa em nutrientes e balanceada, onde há menores chances de contaminação.

Podendo ser encontrada nas seguintes formas: 
  • PÓ: necessitando de reconstituição ou diluição com água;
Para administrar a dieta enteral em pó é recomendado alguns cuidados:
  • Verificar o prazo de validade;
  • Fazer a diluição conforme recomendação do fabricante e/ou do nutricionista;
  • Utilizar a quantidade de água filtrada e fervida (temperatura ambiente) recomendada pelo fabricante;
  • Misturar bem, evitando formação de grumos.

  • LÍQUIDA: já pronta para o uso. Podendo ser administrada em sistema aberto, ou em sistema fechado.
Para a administração das dietas enterais líquidas em sistema aberto, é recomendado:
  • Verificar o prazo da validade da dieta;
  • Lavar a parte externa da embalagem com água e sabão antes de abri-la e/ou com álcool 70%;
  • Agitar para perfeita homogenização, antes de abri-la;
  • Utilizar o frasco descartável e colocar a dieta.

DICAS PARA EVITAR A OBSTRUÇÃO DA SONDA NASOENTERAL E O USO DE MEDICAMENTOS
Problemas de obstrução da sonda (entupimento) podem ser evitados com a administração correta da medicação e irrigação adequada.
Alguns tópicos devem ser levados em conta para reduzir problemas, tais como:

  • Dê preferência aos medicamentos de forma líquida, nunca misturando-os diretamente na dieta enteral;
  • Triture os comprimidos até obter um pó fino e misture com 30 ml de água. Aspire o conteúdo em uma seringa e injete diretamente na sonda;
  • Administre os medicamentos separadamente evitando incompatibilidade entre eles;
  • Quando o medicamento for preparado em seringa para ser administrado pela sonda, empurre o êmbolo da seringa lentamente, pois uma pressão excessiva pode ocasionar danos à sonda.
ATENÇÃO: Não esquecer de lavar a sonda antes e após a administração dos medicamentos.

ADMINISTRAÇÃO CORRETA DA DIETA ENTERAL E PREPARANDO O PACIENTE
  • Se o paciente encontra-se acamado, manter sempre o decúbito elevado (30 a 45°);
  • Verificar a tolerância do paciente à fórmula administrada (observar episódios de diarreia, vômitos, distensão abdominal);
  • Verificar se a sonda está fixada corretamente;
  • Nunca infundir a dieta caso a sonda não estiver devidamente posicionada;
  • Caso o paciente não estiver acamado, mantenha-o sentado durante toda a infusão da dieta.
ARMAZENAMENTO DAS DIETAS ENTERAIS
As dietas devem ser armazenadas em local seco, fresco, à temperatura ambiente. Após aberto o frasco original deve ficar na geladeira e ser utilizado até no máximo de 24 hrs.
  • Não administrar dietas que não estejam em temperatura ambiente. Dietas quentes, mornas ou geladas poderão causar distensão abdominal, flatulência e indisposição;
  • A água deve ser sempre filtrada e/ou fervida em temperatura ambiente;
  • A sonda deve ficar fechada após o término da dieta, evitando assim a contaminação, e o retorno do líquido ingerido e entrada de ar.

MANIPULAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS
  • As mãos devem ser bem lavadas com água e sabão antes de iniciar o preparo e seque-as com um pano limpo ou papel toalha descartável;
  • Prepare a área que você irá manipular a dieta limpando com álcool a 70%;
  • Não esqueça de observar a validade das dietas e as condições dos utensílios que usará;
  • As dietas em pó, utilize sempre a diluição recomendada na embalagem ou siga a orientação do nutricionista ou médico;
  • Na diluição da dieta sempre utilize água fervida e resfriada (temperatura ambiente).

HIGIENE PESSOAL
  • Lavar bem as mãos e antebraços com água e sabão, massageando bem uma mão na outra, esfregando bem entre os dedos;
  • Secar as mãos com uma toalha limpa ou papel toalha;
  • Usar cabelos presos ou protegidos com touca ou rede;
  • Usar roupas limpas durante o preparo da dieta;
  • Manter as unhas curtas e limpas;
  • Não fumar, tossir, espirrar e falar durante o preparo da dieta.

COMO PROCEDER EM CASOS DE INTERCORRÊNCIAS

ATENÇÃO: Em caso de obstrução (entupimento) da sonda ou a retirada da mesma ligar para ambulância e ir ao pronto socorro mais próximo.






































VÍDEOS PARA FACILITAR AINDA MAIS A COMPREENSÃO

VÍDEO 1 - http://www.youtube.com/watch?v=ECF4T7XSCmY

VÍDEO 2 - http://www.youtube.com/watch?v=jg2eBk_R2IA







FONTE: ABBOTT E NESTLÉ

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ESCLARECENDO MELHOR SOBRE O CONSUMO DE SAL

O início de tudo

O sal era usado como moeda de troca, como forma de pagamento para os antigos romanos, por essa razão a origem da palavra ‘salário’.  
Com o tempo, o sal virou apenas um conservante de alimentos, era usado para conservar principalmente carnes. 
Nos dias atuais o sal virou sinônimo de cuidado. Ele esta ligado ao volume de fluidos fora da célula e é um importante elemento na transmissão de impulsos nervosos. Ele regula a passagem de líquido pelas membranas celulares mantendo a sua pressão osmótica. 

O sal de mesa é também conhecido como cloreto de sódio, o problema está no sódio e não no cloreto. Sabe-se que o sal de mesa tem 40% de sódio, mas ele está presente também em vários produtos industrializados que consumimos diariamente, como pães, queijos, cereais, bolachas, enlatados, etc.

 Por isso, o excesso de sódio, principal ingrediente no sal de cozinha, provoca retenção de água fora das células do organismo e aumenta o volume de sangue circulado. Essa é a principal causa da hipertensão pois quanto maior o volume de sangue que passa pelo mesmo espaço de veias e artérias significa maior pressão nas paredes dos vasos. Tal situação aumenta o risco de problemas cardiovasculares futuros , como infarto agudo no miocárdio e acidente vascular  cerebral, e nos rins pode levar a insuficiência renal.


 Alguns tipos de Sal

Grosso: Não refinado, apresenta-se na forma em que sai da salina. Na culinária é comumente usado em churrasco, assados de forno e peixes curtidos;
Refinado - é o menos indicado pelos especialistas de gastronomia mas é a opção mais barata e não oferece risco a saúde;
Marinho  - passa por um processo de evaporação natural e por isso possui mais minerais em sua composição,  como Magnésio e Zinco, e por causa do processo natural, esse sal também contém mais impurezas;
Light - seu teor de sódio é reduzido, sendo fruto da mistura de partes iguais de cloreto de sódio e cloreto de potássio. É ideal para pessoas em dietas com restrição ao sal. Mas não é indicado para as pessoas que possuem problemas renais;
Kosher: Este sal contém cristais grossos e irregulares que tanto pode ser extraído de mina ou do mar , desde que seja sob supervisão de rabinos. Sendo sua granulação mais grossa, tem a preferência dos chefes de cozinha, porque adere com muito mais facilidade a superfície das carnes.
Guérande: Considerado como o melhor do mundo este sal tem sua produção artesanal. Extraído da cidade de Guérande, região da Grã-Bretanha, França, torna-se um condimento caro.

Defumado: Tem sabor e aroma próprios que dão um toque especial às preparações.

Aipo: É um sal de mesa misturado com grãos de aipo secos e moídos . É utilizado para dar melhor sabor aos grelhados de peixes, carnes e caldos consommés.



FONTE:  Folha

sábado, 24 de setembro de 2011

ANVISA atualiza novas regras de alimentos para lactantes e crianças

As fórmulas infantis, que são destinadas à alimentação de lactentes e crianças na  primeira infância, terão regras mais específicas. 

A Anvisa publicou quatro resoluções no Diário Oficial da União (DOU) que atualizam as normas brasileiras para a fabricação destas fórmulas.


As normas publicadas referem-se às características de identidade e qualidade destes produtos e são resultado do processo de revisão técnica dos critérios de composição, incluindo limites mínimos e máximos das vitaminas e minerais permitidos nas formulações infantis.



Uma das principais mudanças é o estabelecimento de limites máximos para todas as vitaminas e minerais permitidos nestes tipos de alimentos, pois nem todos esses nutrientes possuíam limites máximos definidos pela norma anterior. 


As resoluções também estabelecem novas frases de advertência para os rótulos de alimentos. Nos produtos para lactentes com presença de probióticos, por exemplo, deve constar: “Este produto contém probióticos e não deve ser consumido por lactentes prematuros, imunocomprometidos (com deficiências no sistema imunológico) ou com doenças do coração". 


Determinadas substâncias também estão vedadas para utilização em fórmulas infantis como, por exemplo, a gordura hidrogenada e o mel, que não deve se ingerido por crianças com menos de um ano de idade.

Para se adequarem às regras sobre as formulas infantis, os fabricantes terão o prazo de 18 meses. Já para se adequarem à norma sobre aditivos e coadjuvantes, os fabricantes possuem o prazo de 180 dias.

Leia as normas:
 RDC 43/2011 - Regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes.
 RDC 44/2011 - Regulamento técnico para fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância.
 RDC 45/2011 - Regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas e fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinadas a necessidades dietoterápicas específicas.
 RDC 46/2011 - Sobre aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia para fórmulas infantis destinadas a lactentes e crianças de primeira infância.



   FONTE: ANVISA


terça-feira, 20 de setembro de 2011

TREINAMENTO PARA AS FUNCIONÁRIAS DA MERENDA ESCOLAR DA CURSAN


Realizando o treinamento -  - 22/07/2011

   A Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento  - CURSAN convida, para realizar e apresentar o treinamento para as novas funcionárias da merenda escolar, afim de esclarecer melhor as dúvidas e registrando o tamanho da importância de sua profissão.
   Deixo aqui em anexo meus agradecimentos: A CURSAN, e a gratidão de todos os profissionais, inclusive as merendeiras.

    

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TREINAMENTO REALIZADO PELA EMTN DO HOSPITAL CASA DE SAÚDE DE SANTOS.


No início de 2011, eu Meryellen Cardoso - nutricionista e a  enfermeira Thaisy Guerra, ambas da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, realizamos treinamento para toda a equipe de enfermagem do hospital Casa de Saúde de Santos. Afim de orientar, e esclarecer todas as dúvidas existentes e assim reduzindo a quantidade de intercorrências.


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sábado, 17 de setembro de 2011

MÃE EM MATO GROSSO DO SUL USA PICOLÉS DE LEITE MATERNO PARA AMENIZAR CALOR DE BEBÊ

A administradora  Ariane Osshiro, de 27 anos, resolveu inovar na alimentação do filho de oito meses e criou uma receita diferente: ela faz picolés de leite materno.



“Em Campo Grande as temperaturas são altas na maior parte do ano e o calor deixava meu bebê bem irritado. Por isso tive a ideia de fazer o picolé”, contou a mãe.
Ela explicou que começou a dar o picolé de leite do peito para o filho depois que ele fez seis meses, que é o tempo mínimo de amamentação recomendado pelos pediatras. Ainda segundo a mãe, o bebê chupa o picolé apenas no período da tarde, entre as mamadas. “É como se fosse um lanchinho nutritivo”, brincou Ariane.
Para fazer o picolé, Ariane coloca 50 ml de leite em cada forminha (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)

Para fazer cada picolé, a mãe coloca cerca de 50 mililitros de leite em uma forminha caseira já higienizada e depois coloca no congelador. Para tirar o leite do peito ela usa um bomba extratora. “Não dói nada e além disso é rápida e prática”.
A especialista Paula Serafin, que é enfermeira e doutoranda em estudos sobre leite humano, afirmou que gostou da ideia. “Ela criou uma maneira divertida de alimentar o bebê sem deixar de dar o leite do peito que é muito importante para garantir a saúde dele”.
picolé leite materno (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
A nutricionista Elisabete Kamiya, que trabalha no banco de leite do Hospital Universitário em Campo Grande, explicou que o leite materno congelado  continua com a mesmas propriedades do leite em estado natural. “O leite materno contém carboidratos como lactose e oligossacarídeos, além de gordura, proteínas e vitaminas", informou a nutricionista.
No entanto, Kamiya aconselha as mães a consultarem o pediatra antes de mudar a alimentação do bebê.

FONTE: G1.com  


ANVISA PROÍBE USO DE FITOTERÁPICO PARA EMAGRECER E MAIS OITO PRODUTOS.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, distribuição, comércio e uso de nove medicamentos fitoterápicos, entre eles o chá sete ervas, usado para combater a obesidade. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (14) no Diário Oficial da União.
Dentre os produtos vetados estão a Flor da Catingueira, recomendada para os que buscam fonte alternativa de vitamina C, e elixir do Pai João, usado para impotência sexual.
De acordo com a publicação a resolução entra em vigor nesta quarta e passa a valer mesmo para as unidades que já disponibilizaram os medicamentos no mercado.

Conheça a lista dos produtos vetados:

Chá sete ervas - Recomendado para obesidade, colesterol, celulite, gordura localizada
Flor da Índia (xarope) - Boca amarga, cólica de fígado ou rins, prisão de ventre e dor de cabeça
Flor do Sertão (xarope) - Hepatite, úlcera gástrica, pedras na vesícula e ácido úrico
Flor da Catingueira - Fonte alternativa de vitamina C, com extratos de plantas
Umburana Composta - Tratamento de infecções nos rins, fígado e vesícula
Nutri Plantas (ervas medicinais) - Úlcera, azia, boca amarga e dores gástricas
Folha Santa - Derrames (AVC), palpitações no coração e indicado como "tônico do coração"
Elixir do Pai João (fitoterápico) - Dores de barriga, impotência sexual e perda de memória
Tayu Caroba (elixir natural composto) - Eliminação de cravos, espinhas, tumores e feridas crônicas


Fonte: UOL